FUNDAÇÃO bilionária: lava jato e transparência Internacional juntas e misturadas.

Bruno Brandão (esq.) e Deltan Dallagnol (Crédito: Agência Pública)

Mal começou a semana e os escândalos começam a vir à tona. O interessante é que vem de todos os lados e até de quem se coloca como guardião do que é correto.

Sempre fui fã de carteirinha da Transparência Internacional, ATÉ ONTEM. Para conhece-la, veja o manifesto da entidade.

Você provavelmente deve ter ouvido falar da criação de uma fundação bilionária por procuradores da Lava Jato para “combater a corrupção”. Se ainda não ouviu, ouvirá em breve.

Segundo a Revista Carta Capital, seria uma fundação gerida em parte pelo próprio Ministério Público Federal (MPF) para iniciativas, projetos e qualquer outra ideia mirabolante que tenha como objetivo o combate à corrupção. A fundação foi fruto de um acordo entre MPF e Petrobrás sob a supervisão (pasmem) das autoridades norte-americanas. Mas calma, teria que ser homologada pela justiça brasileira, tarefa que coube à juíza Gabriela Hardt, a mesma que copiou e colou a sentença de Moro para condenar Lula no caso do sítio de Atibaia.  

E VOCÊS SABEM, OU IMAGINAM O VALOR EM DINHEIRO DESSA FUNDAÇÃO?

Pois bem, eu conto. Nada menos que US$ 853 mi (oitocentos e cinquenta e três milhões de dólares) foram depositados para que o Ministério Público Federal entrasse de cabeça nessa empreitada. Funcionava assim o dinheiro era depositado pela Petrobras para que ela não fosse processada nos EUA. Há rumores que os valores já passa de 15 bilhões de reis entregues às autoridades estadunidenses.

Segundo o site brasildefato, no Twitter, o procurador da República Wilson Rocha rompeu o pacto de silêncio da corporação e extravasou a indignação interna com os abusos da Lava Jato:

“O procurador @deltanmd afirma que a fundação será gerida pela sociedade. Ao confundir o Estado e suas instituições com a sociedade, os procuradores da “República da Lava Jato” flertam conceitualmente com o fascismo. Poucos se dão conta disso.

“A Lava Jato não faz acordo porque a Lava Jato não existe, não está na Constituição, em lei ou em ato normativo. O que existe é o Ministério Público Federal, instituição que não se confunde com a Lava Jato. Esse acordo e a fundação dele decorrente são um absurdo jurídico”.

VEJA O QUE DISSE O MINISTRO DO SUPREMO GILMAR MENDES SOBRE A “TAL” FUNDAÇÃO.

MAS O QUE A TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL TEM A VER COMO ISSO?

A aliança da Lava Jato com a Transparência Internacional | Política

A princípio a entidade aparece emprestando sua credibilidade internacional no combate à corrupção e passa a defender publicamente a Lava Jato e seus protagonistas dentro e fora do Brasil, por meio de entrevistas, contatos com a imprensa e publicação de notas de apoio.

Naquele momento ainda não haviam diálogos vazados pelo Telegran e os “meninos da República de Curitiba”, capitalizavam o desejo de um Brasil livre da corrupção.

Mas como não há mal que dure para sempre e nem bem que não se acabe, vieram os diálogos entre seus membros pelo Telegran e a aura de bons moços virou fumaça. Apelidada agora de Vaza Jato, ela enfrenta sua menor popularidade, tendo inclusive várias de suas decisões invalidadas pela justiça.

MAS E A TRANSPARÊNCIA?

Agora novos diálogos foram vazados e as mensagens de Telegram trocadas entre o procurador Deltan Dallagnol e o diretor-executivo do capítulo brasileiro da Transparência Internacional, Bruno Brandão, entregues ao Intercept Brasil e analisadas pela Agência Pública sugerem uma proximidade pouco transparente da organização com a Operação Lava Jato. (apublica.org)

Com credibilidade mundial no combate à corrupção, a Transparência Internacional, também conhecida pela sigla TI, atuou nos últimos anos para defender publicamente a Lava Jato e seus protagonistas dentro e fora do Brasil, por meio de entrevistas, contatos com a imprensa e publicação de notas de apoio. As mensagens revelam que a ONG agiu diversas vezes a pedido do procurador Deltan Dallagnol, que deixou no começo de setembro a força-tarefa. 

Os chats mostram que o então chefe da força-tarefa da Lava Jato tinha uma relação próxima com Bruno Brandão, diretor da Transparência Internacional. Dallagnol recorria a ele quando a imagem da operação estava em perigo ou quando queria promovê-la. 

Revelam também que a ONG teve acesso e palpitou na minuta do contrato assinado entre a força-tarefa e a Petrobras para a criação de uma fundação bolionária . A Transparência Internacional recomendou ao procurador da República Deltan Dallagnol que o Ministério Público Federal (MPF) não tivesse assento no conselho da bilionária Fundação Lava Jato, a ser formada com dinheiro das multas recolhidas pela Petrobras. Mas Dallagnol deu de ombros para a sugestão e viu sua fundação desmoronar ao ser questionada pela comandante do MPF, a então procuradora-geral da República Raquel Dodge, e por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja apenas alguns diálogo que foi entregue no formato originall e com os erros de ortografia e gramática.

No diálogo com Brandão, Dallagnol deixa claro que precisava do posicionamento da entidade para fazer pressão política.

Veja o que diz o site antopofagista. Semanas depois de o diretor da Transparência Internacional ter opinado sobre o texto da minuta da fundação da ONG Bilionária, a ONG foi convidada a opinar sobre a formação da fundação. O acordo assinado pelo MPF e pela Petrobras previa que entidades da sociedade civil indicariam nomes para compor um Comitê de Curadoria Social. Seus membros seriam responsáveis por supervisionar a constituição da entidade, a cargo do próprio MPF. Por escolha de Dallagnol, a TI foi uma das primeiras organizações convidadas.

“Temos agora que começar os passos pra constituir a fundação. Precisamos expedir ofícios. Acho que um próximo passo é obter indicação de pessoas com reputação ilibada e tal… FAz um despahco para expedirmos ofícios: -para convidar AGU e CGU para indicarem pessoa para participarem da constituição da fundação… um ofício dizendo que dadas as importantes funções e expertise etc, seria muito profícuo etc… e pede pra indicar alguém -para as entidades … Olha o acordo e veja o que mais precisamos Quanto às entidades, tem que selecionar tb. De cabeça, penso em TI e Observatório Social. Tem tb a Contas Abertas, a Amarribo, o Instituto Ethos…. tem que ver quais mais. Vou perguntar”, escreveu Dallagnol a um assessor da procuradoria em 30 de janeiro de 2019.

Dallagnol chegou a ser questionado por colegas sobre a forma como essas entidades foram escolhidas. O procurador Vladimir Aras apontou falta de transparência. Ele também demonstrou incômodo com a participação do MPF e do Ministério Público Estadual do Paraná na estrutura da fundação, vista por ele como a principal fraqueza do acordo. “Pensem bem nisso. Ser fiscal e integrante da entidade fiscalizada não é uma boa prática de conformidade e governança”, observou a Dallagnol.

AGORA EU PERGUNTO

Se uma entidade desse porte está junta e misturada com um povo nesse naipe, para onde correr?

Como dizia minha avó: “só Jesus na causa”

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