HOJE É SETE DE SETEMBRO. Dia da Independência do Brasil. É o nosso dia, mas algo me incomoda na alma porque a nossa Bandeira e o verde e amarelo estão sendo usados como peça de propaganda ideológica. Seria como se quem não fosse neoliberal não seria digno de te-la como símbolo.

Por que faço essa afIrmação?

Simples. Grupos se apropriaram dela para fundi-la ao que há de mais atrasado no processo civilizatório da história da humanidade.

Pediram AI5 enrolados nela, foram racistas abraçados à ela, praticaram homofobia junto a ela, foram misóginos com ela, pediram a volta da ditadura com ela hasteada, usaram-na para bater em desafetos políticos e a colocaram lado a lado com bandeiras de cunho fascista

Colocaram-na abaixo da bandeira estadunidense e da de Israel. Xingaram outros brasileiros com ela nos ombros, mandaram uma presidente tomar naquele lugar, durante a copa do mundo de 2014, a maioria com camisetas de CBF falsificada.

Se agarraram a ela para negar a pandemia, para rejeitar vacina, pra desafiar o isolamento social, para impedir um aborto legal de uma criança estuprada, para queimar centros de umbanda, pra retirar o homem do campo, para humilhar e tirar direito do trabalhador. Colocaram fogo na floresta de verde e amarelo e venderam nossas riquezas de amarelo e verde.

Isso é apropriação indébita. A bandeira do Brasil é um manto sagrado, um norte, uma peça de união nacional, um simbolo de repeito que em mãos erradas se torna o inverso disso. Nada mais natural que começassem a surgir pelo país movimentos para que devolvam a nossa bandeira. Nunca, em hipótese alguma a bandeira brasileira poderia estar ligada ao que há de pior nas relações humanas.

ENTENDAM: A BANDEIRA É DO POVO BRASILEIRO, NÃO É DA ESQUERDA NEM DA DIREITA. CADA PARTIDO QUE TENHA A SUA, SUBORDINADA À BANDEIRA BRASILEIRA.

Um dos vídeos é do blog de juca Kifouri em que pede que DEVOLVAM A NOSSA BANDEIRA. Assista.

Esse é o nosso hino, que devemos reverenciar como elo de união nacional. É sempre uma emoção ouvi-lo onde quer que estejamos. BRASILEIROS. UNI-VOS.

Lembro da professorinha de história e geografia que ensinava em minha infância que na Bandeira do Brasil, o verde representava as nossa matas, a natureza preservada, o amarelo o ouro, as nossas riquezas, o azul o céu a noite de 15 de novembro de 1889

Depois descobri que cada estrelinha represente um estado brasileiro.

Temos uma Bandeira linda, um Hino perfeito em si bemol. Temos um Brasão que nos dá identidade e orgulho que é representado por um escudo redondo azul celeste, o qual está apoiado numa estrela de cinco pontas. No centro, tem a constelação Cruzeiro do Sul que está sobre uma espada. Em cima da espada está escrito “República Federativa do Brasil”, do lado esquerdo “15 de novembro”, e “de 1889”, à direita.

Temos um Selo Nacional que também é um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil, conforme estabelece a Lei 5700, de 1º de setembro de 1971 e a Constituição Federal em seu artigo 13, parágrafo primeiro. Os outros símbolos da República são a Bandeira Nacional, o Hino Nacional e o Brasão de Armas.

Para reverenciar a nossa história, devemos lembrar da Bandeira através do tempo.

A BANDEIRA DO BRASIL ESTEVE PRESENTE JUNTO AO POVO BRASILEIRO E TODOS A EMPUNHAMOS COM ORGULHO. ELA PERTENCE A TODOS.

Ah. Que bandeira linda foi adotada pelo Marechal Deodoro da Fonseca lá em 1889 quando o povo brasileiro tomou as rédeas de seu destino e sepultou a Monarquia transformando nossa Pátria em Republica.

        Era o início do Verde e Amarelo que através do tempo esteve presente nas grandes lutas do povo brasileiro.

        A nossa Bandeira, verde e amarela, tremulava altiva nas mãos do povo quando na Constituição de 1934, deixamos para traz a republica velha e transformamos o Brasil que passou de condição de país agrário-exportador  para o urbano-industrial.

        E veio a segunda guerra. Nossos pracinhas tinham em seus uniformes a bandeira brasileira na luta contra o fascismo na Itália. E vencemos e foram recebidos como heróis.

        A juventude empunhou a bandeira no Brasil na campanha do petróleo é nosso em 1948 que mobilizou o Brasil e provou que tínhamos petróleo e que deveríamos explorar e proteger esse recurso natural. Assim nascia a Petrobras.

        O povo brasileiro entendeu a proposta nacionalista de Vargas e com a Bandeira na mão o reelegeu Presidente nas eleições de 1950

        Os trabalhadores unidos sob o manto da Bandeira do Brasil lutaram contra os maus brasileiros que se curvavam diante do capital internacional em defesa da pátria.

        Foi com o verde e amarelo no peito que a sociedade brasileira preocupada com os menos favorecidos se opôs ao Manifesto dos Coronéis que já se articulavam em um golpismo.

        Foi enxugando as lágrimas na bandeira do Brasil que o povo chorou o suicídio de Vargas, que atrasou em pelo menos uma década um golpe militar que se planejava naquele momento.

        Foi com a Bandeira agitada que o povo brasileiro aceitou a renúncia do populista Janio Quadros e seu governo de medidas fracas e ineficientes.

        Foi com festa, bandeiras aos céu que tomou posse João Goulart em 1961 em uma fase conhecida como a primeira experiência democrática no pais.

        Foi com luta, bandeira na mão e futuro na frente que lideranças, estudantes, artistas, trabalhadores começaram a resistência ao golpe de 1964. E veio o AI-5 e endureceu o regime

        Foram de verde e amarelo que fomos torturados, mortos e perseguidos durante 20 anos de trevas em uma ditadura cruel e sanguinária.

        A ditadura enfim cai e milhões de bandeiras verde-amarelas, tomaram conta das ruas, das praças. E estávamos de novo orgulhosos de nossa bandeira, que nos fora subtraída pela escória do brasil.

        Veio a primeira eleição e sob as bênçãos da bandeira, o pais elegeu por voto indireto um democrata Tancredo Neves, e com tristeza voltamos a enxugar as lágrimas em nossa bandeira pela suspeita morte de nossa esperança maior no dia de sua posse.

        Veio outra eleição e o País do verde-amarelo estava dividido entre os que tinham os olhos no passado e os que tinham os olhos no futuro. Ganhou o passado, e com orgulho os estudantes cara-pintadas de verde e amarelo foram à ruas e tiraram o presidente Collor, que se alinhava a setores antinacionais. E foi maravilhoso.

        E elegemos outros, FHC, Lula  e Dilma. E com a Dilma, figura torturada na ditadura, vimos pessoas de verde amarelo pedir a sua saída sem que houvesse um motivo justo. Ah…as tais pedaladas, onde nada se roubou e nenhum prejuízo foi dado ao Brasil.

        De verde e amarelo deram posse a um vice traidor e subserviente a outras nações. Prenderam um ex-presidente sem prova para que não disputasse a eleição com aquele que mais defendeu a ditadura sanguinária. O erro da ditadura foi torturar e não matar…dizia ele.

        E de verde e amarelo as pessoas se inflavam de ódio, produziam mentira, rompiam amizades, caluniavam e seu candidato venceu.

        De novo tomaram a bandeira dos democráticos, dos que amam o brasil.

          Agora o presidente eleito, mergulhado na própria  incapacidade de governar, ameaça com a volta do AI-5, intervenção militar e novamente os setores da sociedade ligados ao atraso empunham a bandeira do Brasil, falam em nome de Deus, da família e da propriedade nos moldes da TFP. (Tradição, Família e Propriedade)

        CHEGA. Vamos retomar nossa bandeira. Ela é nossa, do povo, do estudante, do trabalhador, da dona de casa, dos partidos, das igrejas e não de uma elite reacionária que suga o suor e o sangue de seus compatriotas.

        Veio a pandemia e se enrolam em verde e amarelo desafiando a doença, pedindo ditadura porque sabem que no mundo após o vírus será daqueles que possuem amor, solidariedade e compaixão com o próximo, atitudes que não conseguem ter.

        Retome a sua bandeira, verde e amarela. Ela é de todos nós. Quem quiser rasgar a nossa constituição que vá como o nosso atual Presidente, bater continência para a Bandeira AZUL E VERMELHA DOS EUA.