Está chegando o período eleitoral e uma horda de candidatos irão aparecer como princesas em conto de fadas prometendo um mundo mágico que sabemos não existir.
Sabemos que nesse universo paralelo existe muita gente boa, e a pergunta é: como saber? Como diferenciar o joio do trigo e o céu do inferno?
Antes de tentar responder a essa pergunta, quero mostrar um poema escrito por João Bosco Santos para ao site Recanto das Letras e que versa sobre o tema.
SEU VOTO ANTERIOR FOI ÚTIL?
Vamos agora fazer uma viagem no tempo para refrescar a memória. Vamos voltar à última eleição de prefeito e vereadores e algumas perguntas devem ser feitas:
Você se lembra em que votou para vereador e prefeito na última eleição?
Se seus candidatos ganharam, eles cumpriram as suas promessas de campanha? E se não, viraram assessores de quem ganhou?
Quem foram seus aliados depois de eleitos?
Qual o posicionamento deles a respeito da perda de direitos que veio com a eleição para presidente e de deputados e senadores em 2018?
A relação do seu vereador e o prefeito é de subserviência ou crítica construtiva?
A sua escolha melhorou a sua vida e da coletividade em geral?
Seus candidatos lhe procuraram alguma vez depois de eleitos?
Essas perguntas nos fazem refletir se erramos ou acertamos nos votos que demos e agora temos a oportunidade ímpar de mudar ou manter o leque de políticos que FALAM E DECIDEM EM NOSSO NOME.
O site Polotize.com.br por intermédio de sua assessora de conteúdo Isabela Souza mostra oito passos para o eleitor escolher bem seus candidatos nestas eleições que se avizinham. Senão vejamos:
1) PESQUISE O HISTÓRICO PESSOAL
A primeira coisa a se fazer é obter o maior número de informações sobre o seu possível candidato. Para isso, basta um simples serviço de busca, como o Google, que já é um meio muito prático de se obter as informações necessárias. Observe também a situação do candidato perante a justiça. Pela internet é possível identificar se há algum processo criminal contra ele. É importante que ele não tenha um histórico de mau uso do dinheiro público ou outras práticas ilegais. Um bom candidato é aquele que respeita a nossa legislação, especialmente aqueles concorrendo a cargos legislativos, uma vez que eles trabalharão diretamente na manutenção das nossas leis.
2) PESQUISE O HISTÓRICO POLÍTICO
Em muitos casos, o candidato nestas eleições ocupa ou já ocupou alguma função parlamentar. Este é um segundo ponto muito importante, já que para saber se o seu candidato irá desenvolver bem esse trabalho, nada melhor do que descobrir como ele desempenhou a função anteriormente.
3) BUSQUE AFINIDADE DE PENSAMENTO
Outro fator importante é que os seus candidatos possuam os mesmos valores que você, que eles compartilhem do seu ponto de vista ideológico. Lembre-se que ele será o seu representante, portanto, é indispensável que vocês defendam as mesmas causas. Por isso, antes de votar, reflita sobre o que você gostaria de ver ser colocado em prática, e escolha alguém que possua as mesmas prioridades.
4) CONHEÇA O PARTIDO DO CANDIDATO (E A COLIGAÇÃO)
Além de saber sobre o histórico dos candidatos, é necessário conhecer também o passado do partido ao qual ele é filiado. Analise qual é conjunto de ideias que o partido defende, que programa ele tem para a sua cidade. Pesquise também se a legenda tem algum histórico de corrupção ou envolvimento em outros crimes eleitorais. Lembre-se que se o seu candidato for eleito, ele terá que governar seguindo os ideais do partido do qual ele faz parte.
5) CONHEÇA AS PROPOSTAS
Depois de conferir o histórico do candidato, chegou a hora de analisar suas promessas de campanha. As propostas devem ser possíveis de realização, bem elaboradas e é preciso constar quais mecanismos serão usados para colocar os projetos em prática, informando de onde será destinada a verba para sua execução. Normalmente, os candidatos disponibilizam suas ideias em suas redes sociais e sites.
6) ENTENDA AS ATRIBUIÇÕES DE CADA CARGO
Para saber identificar se as promessas do seu candidato são válidas, é preciso que você conheça quais as funções do cargo que ele está disputando. Por exemplo, é necessário entender que um candidato a vereador, caso eleito, terá a função de legislar e fiscalizar o trabalho do prefeito. Se o seu candidato está prometendo realizar obras ou ampliar as vagas em creches, saiba que esta promessa não é válida, pois ambas são atribuições do prefeito. Além disso, as promessas devem ser possíveis de serem cumpridas no período de mandato, que é de quatro anos.
7) OBSERVE OS GASTOS DE CAMPANHA
Com a Reforma Eleitoral realizada em 2015, ficou determinado o fim das doações empresariais para as campanhas. Isto implica em uma drástica redução no financiamento das corridas eleitorais. Agora as campanhas dependem somente do Fundo Partidário e das doações de pessoas físicas, desde que dentro de um limite de gastos.
8) COBRE UM DIAGNÓSTICO DA CIDADE
Uma outra forma de avaliar o seu candidato é saber se ele tem um bom conhecimento acerca das necessidades do seu município, uma vez que as promessas devem ser baseadas naquilo que a cidade e os moradores precisam.
Observe quais problemas ele considera prioritários, e se esses problemas convergem com aquilo que as enquetes elaboradas pelos institutos de pesquisa afirmam. Se o seu candidato faz um diagnostico errado das necessidades da cidade, é sinal de que ele não está bem preparado para assumir o cargo. É preciso haver compatibilidade entre as necessidades da cidade e aquilo que o candidato propõe.
Um dado importante é o grau de manipulação que pesa sobre nossas cabeças . Tudo é feito pra que pareça normal e inevitável.
Cito o exemplo de um município no interior de Mato Grosso onde vários “caciques políticos” de diversas plumagens foram à imprensa e disseram que se uniram para administrar aquela cidade. Aparentemente nada de anormal, porém eles possuem a mesma orientação política do atual mandatário que nada fez, só tirou. Escondem o antigo para colocar um “novo igual”.
Nesse caso a população é levada a crer que tempos e mudança virão. Ledo engano.
A principal técnica usada para conseguir o seu foto, além do uso das redes sociais é usar uma terceira pessoa (cabo eleitoral) de intermediário entre o candidato e o eleitor.
É ele quem prepara a festa, o comício, a visita, o agrado, mas é ele que vai receber o cargo no gabinete, o salário, as verbas, o carro, as benesses do poder. É ele quem participará dos jantares na casa do “chefe”. O eleitor será guardado como peixe no jacá ( cesta em forma de tela pra guardar peixe dentro do rio, para continuar vivo até a sua venda no futuro.
Não quero ser pessimista e por isso acredito que o tempo de nuvens escuras pairando sobre nós está findando e nada mais belo que o sol de um novo dia. Esta música da banda J. Quest mostra bem isso: o rompimento com a dor, o medo e a promessa e a certeza de dias melhores. DEPENDE DE NOSSO VOTO.
“Senhor político, Não me peça meu voto, conquiste minha consideração, o voto será apenas uma consequência.”