O culto ao egoísmo é tudo o que o COVID precisa.

O culto ao egoismo os impede de pensar na saúde de seus pais e avós.

Em Cuiabá, cidade encantadora que me adotou desde mudei para cá na década de 60, nasce agora um novo tipo de culto: o culto ao egoísmo.

        Mas o que é isso? É quando a pessoa liga o “Froid-se” no automático e faz o que quer sem se importar se seus atos direta ou indiretamente prejudiquem outros. Se a pessoa se sentir bem, então o resto que faça algo pra que se sintam bem também.

        Teoria interessante se a pessoa em questão vivesse confinada em uma propriedade privada, longe de todos de tal forma que seus atos atingissem somente a si mesmo, mas isso é praticamente impossível.

        Em tempos de pandemia onde o vírus usa os seres humanos para se locomover e contaminar, a atitude das pessoas definem a vida e a morte dentro das cidades.

        Com a abertura do comércio no ultimo fim de semana, os bares ficaram lotados à noite com hordas de jovens e outros nem tanto, “curtindo a vida adoidado”, como se não houvesse um vírus mortal que já ceifou um maracanã lotado de pessoas em três meses.

        Como são em sua maioria jovens, eles sabem que se tiverem boa saúde, quando forem contaminados será de forma leve. O culto ao egoísmo os faz esquecer que seus pais e avós se forem contaminados terão enorme probabilidade de irem a óbito.

        A noite de boa cerveja, uísque, boa companhia, boa conversa, risos e música gostosa é tudo que o COVID precisa para pegar carona até a casa dessa galera antenada e contaminar quem está em quarentena se cuidando.

        A juventude precisa extravasar, divertir, amar e sonhar. É próprio da idade, dos hormônios a mil, da exuberância física. O que não pode é pagar o preço que estão pagando, colocando todos em perigo.

        Que seja trocado o culto ao egoísmo pelo culto à solidariedade, ao comprometimento e ao amor ao próximo. A juventude tem provado, através dos tempos que quando quer se mobilizar para o bem, ninguém os consegue parar. É o que esperamos.

Em muitos casos, pais patrocinam a festa dos filhos e torcem em casa para que não cheguem, “acompanhados”.