O NOIVADO NA CALÇADA

noivado na calçada

Depois da dura , continuei a encontrar o meu namorado. Isso começou a se tornar um peso em nossas vidas. Na minha casa moravam todos os meus irmãos e irmãs. Teresinha já era casada e morava com o marido em uma fazenda em um município próximo, onde dava aulas. Meu namorado ia todos os dias e ficava conversando comigo na porta de casa. Quando dava nove da noite, meu irmão Zezé me botava pra dentro. Era uma situação bem chata.

João Bosco combinou comigo que deverímos ficar noivos. Como era costume da época, a mão deveria se pedida à irmã mais velha, em caso de não haver mais pais vivos.

No dia combinado fomos falar com a minha irmã Terezinha para oficializar o noivado, pois pretendiamos casar. E assim foi feito.

Foi um cerimônia  bastante deprimente no sentido da acolhida, pois ficamos noivos na porta da casa, sem que a meu noivo fosse oferecido pelo menos um café dormido, mas foi exuberante no sentido de eu estar dando mais um passo rumo à felicidade. Essa recepção fria foi em decorrência da resistência de meu irmão ao meu noivo. Minha irmã Teresinha não podia fazer nada mais naquele momento pois havia um ralação clara de poder dentro daquela casa.

Foi literalmente um noivado na calçada, na rua, sem um teto para nos abrigar, mas junto do céu e sob as bençãos de Deus. Começamos assim nossa vida de compromissos do zero absoluto, tendo na cabeça nossos sonhos e a história a ser construída por nossas mãos.

Meses depois, em férias, fui para a fazenda, junto com minha amiga Vera, onde minha irmã Terezinha morava . Meu noivo ia sempre me ver e ai começaram novos níveis de dificuldades.

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